Please activate JavaScript!
Please install Adobe Flash Player, click here for download

Edição 15 site

P E T R Ó L E O E G Á S Crise resulta em tímidos resultados Crise resulta em tímidos resultados na 13a Rodada de Licitações da ANP na 13a Rodada de Licitações da ANP Os baixos preços do petróleo e Dos 266 blocos ofertados na 13ª Rodada de Licitações, apenas 37 foram vendidos a crise na Petrobras fizeram a 13ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Petróleo (ANP) corresponder às expectativas de resultados bem modestos. Das dez bacias oferecidas na 13ª Rodada de Licitações da Agência Nacional do Pe- tróleo (ANP), apenas quatro tiveram interessados: Camamu-Almada (BA), Jacuípe (BA), Espírito Santo, Campos, Amazonas e Pelotas. Ao todo, estavam à venda 266 blocos exploratórios, dos quais apenas 37 foram vendidos, sen- do 35 em terra e 2 no mar. Apesar da expectativa de que a Petrobras fizesse propostas mais tí- midas que nas rodadas passadas, e em consórcio com outras empresas, ela não apresentou nenhuma pro- posta sequer. A maior compradora foi a Queiroz Galvão, responsável por R$ 99,9 milhões dos R$ 121,1 milhões arrecadados. A Bacia do Recôncavo, na Bahia, e seus 20 blo- cos, foi a mais disputada do leilão, recebendo sete propostas. Das 17 empresas vencedoras, 11 são brasileiras e seis estrangeiras. Mesmo não tendo sido maioria, as empresas estrangeiras tiveram uma vantagem sobre as brasileiras, segun- do o Prof. Alberto Machado Neto, Coordenador do MBA Executivo de local onde está sendo licitados os po- ços, no entanto, os dados iniciais não são suficientes para traçar uma estra- tégia clara de investimento e produ- ção. Assim, muitas vezes elas traba- lham em cima de probabilidades e quando as expectativas de produção não se confirmam, acabam devolven- do os poços”, conta Machado. Prof. Alberto Machado Neto, da FGV Gestão em Petróleo e Gás da Fun- dação Getulio Vargas (FGV). Na opi- nião do especialista, o Brasil é hoje um país “barato” para investimento com capital estrangeiro. “Na verdade, muitas (dessas empresas) não irão in- vestir muito dinheiro aqui. Algumas delas participam da licitação e adqui- rem blocos apenas para diversificar o seu portfólio. É como o mercado de ações, mesmo com grandes variações entre os resultados dos diversos blo- cos que elas têm, no final elas aca- bam ganhando”, explica. O risco que as empresas correm com o custo da produção, no entanto, pode ser alto. “Só ter petróleo no po- ço comprado não é garantia de bons resultados. Tudo depende dos conhe- cimentos geológicos que elas têm do Ele comenta ainda que caracte- rísticas como a localização, o tama- nho da reserva de petróleo e a vazão do poço podem elevar o custo ope- racional e inviabilizar a operação. “A única garantia de receita que o mercado nacional tem é o programa exploratório mínimo, que as em- presas vendedoras têm de cumprir. Mas depois que acabar este prazo, o futuro é incerto”, lamenta. Com relação aos impactos das licitações no setor naval, Machado acredita que, num primeiro mo- mento, poderá haver um aumento na demanda por barcos de apoio e sondas. “No entanto, dificilmente haverá a necessidade de construção destes itens. A baixa do preço do pe- tróleo tem feito com que a oferta de sondas ociosas ao redor do mundo venha crescendo. Uma sonda, que há alguns anos era alugada por cer- ca de US$ 600 mil/dia, hoje é alu- gada por até US$ 200 mil/dia”, diz. Dezembro | 2015 45

Sítio