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Edição 15 site

M E I O A M B I E N T E O desastre em Mariana De repente tudo estava em- Foto: Rogério Alves/TV Senado baixo da lama. Em 05 no- vembro de 2015, um terrível acidente marcou a história da mine- ração brasileira, no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, na Região Central de Minas Gerais. A tragédia ocorreu após o rompimento de uma barragem (Fundão) da mineradora Samarco, que é controlada pela Vale e a anglo-australiana BHP Billiton. A enxurrada de lama devastou o local, destruiu vidas humanas e animais, prejudicou a flora e deixou milhares de pessoas desabrigadas, com pouca água disponível, alimen- tos e vestimentas. Segundo pesqui- sadores, os impactos ambientais causados na região são incalculá- veis e, provavelmente, irreversíveis. A Prefeitura de Mariana infor- mou que a estimativa é de 2 mil pessoas afetadas pela tragédia. De acordo com a Polícia Militar de Meio Ambiente, a mineradora foi fiscaliza- da há dois anos e nenhum problema foi encontrado na barragem. Representantes do Núcleo de Combate aos Crimes Ambientais do Ministério Público Estadual de Minas Gerais estão em Bento Ro- drigues e foi instaurado um inqué- rito civil para apurar as causas do rompimento da barragem, confor- me esclarecimento do promotor de Justiça do Meio Ambiente, Carlos Eduardo Ferreira Pinto. Impacto Ambiental O acidente em Mariana liberou cerca de 62 milhões de metros cú- bicos de rejeitos de mineração, que eram formados, principalmente, por óxido de ferro, água e lama. A empresa Samarco reforçou que, ne- nhum produto causa intoxicação no homem, esses rejeitos podem de- vastar grandes ecossistemas. 18 Dezembro | 2015 Município de Mariana (MG) alguns dias após o acidente. Desabrigados estão sendo levados para a Arena Mariana Rompimento da barragem da mineradora Samarco provoca uma enxurrada de lama e destruição em Minas Gerais Nota da Samarco divulgada pelo O Globo em 05/11/2015 “A Samarco informa que houve um rompimento de sua barragem de rejei- tos, denominada Fundão, localizada na unidade de Germano, nos municípios de Ouro Preto e Mariana (MG). A orga- nização está mobilizando todos os es- forços para priorizar o atendimento às pessoas e a mitigação de danos ao meio ambiente. As autoridades foram devida- mente informadas e as equipes respon- sáveis já estão no local prestando assis- tência. Não é possível, neste momento, confirmar as causas e extensão do ocor- rido, bem como a existência de vítimas. Por questão de segurança, a Samarco reitera a importância de que não haja deslocamentos de pessoas para o local do ocorrido, exceto as equipes envolvi- das no atendimento de emergência”. Segundo o Ibama, três toneladas de peixes mortos já foram recolhi- dos ao longo da leito do Rio Doce no litoral do Espírito Santo. Os efeitos negativos do desastre aumentam a cada dia na biodiversidade marinha. Somente na região da foz do Rio Do- ce, já foram retirados mais de 700 animais mortos desde o acidente. Colaboração O Ministério Público de Minas Gerais pretende exigir que a Sa- marco Mineração pague uma in- denização de cerca de R$ 1 bilhão (US$ 265 milhões) às vítimas do desastre. O dinheiro ainda servirá para financiar o trabalho de restau- ração ambiental, disse o promotor do Ministério Público de Minas Gerais, Guilherme de Sá Mene- ghin, em entrevista divulgada pelo site Exame.com. Doações de roupas, água mine- ral, colchões e produtos de higiene pessoal podem ser entregues no Centro de Convenções de Mariana, na Rua Juscelino Kubitschek.

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