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Edição 15 site

E S P E C I A L Cônsul Geral de Israel em São Paulo, Yoel Barnea guma de que as ideias e as práticas do grupo terrorista Estado Islâmico, como outros grupos similares na re- gião (decapitação de reféns e inimi- gos, escravização e estupro de mu- lheres e tantos outros fenômenos de crueldade), demonstram que um no- vo patamar do terrorismo é atingido. Todos os países de boa vonta- de, que acreditam nos direitos hu- manos, na resolução de conflitos por vias pacíficas e que se opõem ao terrorismo, devem se unir em seus esforços para combater estes fenômenos terroristas tão extremos e nocivos, porque o Estado Islâmi- co e outros movimentos similares, que atuam hoje, principalmente, no Oriente Médio, podem se espalhar para outros países e continentes. R.S. – Como essa situação tem afetado o povo judeu, especificamente? Yoel Barnea – O estado judeu, Israel, existe no seio desta região conturbada que é o Oriente Médio. Logicamente, esta situação de ins- 40 Dezembro | 2015 tabilidade e o perigo do terrorismo atingem diretamente o Estado de Is- rael e sua população. Este terrorismo e este extremis- mo não conhecem fronteiras. Não há nenhum tipo de dúvida de que a população judaica nos diversos paí- ses corre também o risco de ser afe- tada e sofrer as consequências desta filosofia fanática, que vê na morte um princípio positivo e importante, profanando o princípio da vida, que é o mais fundamental de todas as religiões, sem exceção. R.S. – É possível que povos de diferentes religiões se unam para combater o terror imposto pelo EI? Yoel Barnea – Eu acho que os diversos povos e religiões podem e devem se unir para combater o EI, pois ele viola, sem dúvida, os prin- cípios mais fundamentais de todas as religiões, incluindo o Islã, e tem como alvo a destruição da democra- cia, da boa vizinhança, dos direitos humanos e do diálogo entre os povos e as religiões. Deve haver um enten- dimento harmônico entre eles para que todos nós possamos chegar a um mundo de paz e de compreensão. R.S. – Com o vulto que as ações do EI tomaram, os confli- tos entre israelenses e palestinos têm tido menos espaço na mí- dia. Como está o cenário na re- gião atualmente? Yoel Barnea – É verdade que, tendo em conta os diversos conflitos na região, incluindo as práticas vio- lentas e extremistas do EI, o conflito entre israelenses e palestinos rece- be hoje um espaço menor na mí- dia, na opinião pública, e também no seio dos representantes dos dois lados. Porém, paralelamente, a co- munidade internacional e os países afetados da região devem encontrar uma solução para todos os diversos conflitos, porque se eles não encon- trarem uma solução conveniente, infelizmente a paz e a compreensão não chegarão à região. Em meados de outubro, porém, fomos testemunhas de uma onda de atentados terroristas contra civis israelenses em centros comerciais, pontos de ônibus, nos transportes públicos, cujos alvos foram civis indefesos, sem distinção, esfaquea- dos e mortos pelo simples fato de serem israelenses. Este terrorismo indiscriminado não tem razão algu- ma, pois Israel não mudou nada no que atinge aos status quo referente à esplanada das mesquitas em Jeru- salém e os muçulmanos tem toda a liberdade para rezar nestas mesqui- tas, sempre quando os participantes não utilizem essa esplanada para cometer atos de agressão contra aqueles judeus que rezam no muro das lamentações e não utilizem es- sas mesquitas como um depósito de armas, pedras, facas e outros meios de agressão. Mudanças que o Esta- do de Israel teria feito no regime da esplanada das mesquitas é o argu- mento principal daqueles que inci- tam o terrorismo e à violência do

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