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jornal2014junho_

8 9 O Brincalhão O Brincalhão Festa da cereja: Uma já longa tradição de cultura, desporto e promoção de produtos locais. O concelho de Alfândega da Fé, atra- vés da sua Câmara Municipal, realiza nestes dias (6,7 e 8 de junho de 2014) mais uma Festa da Cereja. Mas será que toda a gente se lembra de como tudo isto começou e como foi nos primeiros tempos?! Deixamos aqui algumas notas sobre este que é, seguramente, o maior cartaz turístico do nosso concelho, para além, naturalmente, do movimento econó- mico que sempre lhe esteve associado, nomeadamente, pois claro, com a venda das cerejas. Nos anos oitenta do século passado a cultura da cereja no concelho de Alfân- dega da Fé (que tinha sido impulsionada pela Criação da Cooperativa Agrícola, em 1963, e a plantação de um extenso cere- jal, nos anos setenta) passou a ter um aproveitamento sociocultural e turístico. Tudo começou com o Grande Prémio das Cerejas em Atletismo que se realizou pela primeira vez em 1982. Nesta primeira fase o Grande Prémio das Cerejas em Atletismo foi impulsio- nado pela Associação Recreativa Alfan- deguense (ARA) que para o efeito contou com o apoio do comércio local e da Câmara Municipal. No ano seguinte, em 1983, a realização do 2º Grande Prémio das Cerejas continuou a ter a organiza- ção da ARA, mas já com os patrocínios de várias entidades, nomeadamente a Câmara Municipal, a Cooperativa Agrí- cola e o Governo Civil. Contudo, nesta segunda edição surgem já outras atividades, nomeada- mente o artesanato. Pode, por isso, dizer- -se que a Festa da Cereja teve o seu início em 1983, ainda que o nome não fosse assumido. Por aqui se pode verificar que de uma situação apenas voltada para o desporto a Cereja motivou, logo no início, o desenvolvimento de outro tipo de ativi- dades, processo que se manteve até aos dias de hoje, até que o Grande Prémio das Cerejas deixaria de se realizar a partir de 1994. De Festa a Feira e de novo Festa O ano de 1985 pode ser considerado como o primeiro em que a designação de Festa da Cereja foi utilizada, deixando o certame de estar tão dependente da prova de atletismo já referida. A partir deste ano as datas de realização come- çaram também a ter em consideração a fase de maturação da cereja e o fruto, que já dava nome ao concelho, transfor- mou-se até hoje em cartaz turístico. A Festa foi ganhando dimensão e a Autar- quia chamou a si a responsabilidade da sua realização, facto que num ou outro momento se tentou alterar, sem sucesso. Até ao início da década de noventa as edições da Festa da Cereja não apresen- tavam, nem a organização, nem o inves- timento, nem o modelo de programa que se desenvolveu a partir daí, conferindo- -lhe uma componente cultural, musical e turística cada vez mais acentuada. Durante anos, a Feira realizou-se em espaços improvisados e tinha no arte- sanato a sua componente mais forte, sobretudo com o declínio e extinção do Grande Prémio de Atletismo. A partir de 1990 é possível fazer um historial mais completo da Festa, uma vez que os respectivos programas foram sendo publicitados no Boletim Municipal de Alfândega da Fé e, naturalmente, na imprensa regional e, até, nacional. O grande momento de impulso desta Festa aconteceu em 1998, com a criação de um espaço próprio e devidamente infraestruturado, que passou também a servir a feira quinzenal do concelho. Em 2002, a Festa sofre nova alteração, desta vez no nome e no modelo de pro- gramação, assumindo, por assim dizer, uma estrutura assente em iniciativas preparadas por profissionais. Passou então a chamar-se“Feira da Cereja e dos produtos locais”. A partir de 2010, a designação regres- sou a Festa da Cereja, tal como a conhe- cemos de então para cá. Texto e fotos: Prof. José Lopes

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